segunda-feira, 25 de maio de 2009

Jesse Livermore

Jesse Livermore, o mago de Wall Street, que confiou em sua intuição e ganhou uma fortuna ao vender as ações Union Pacific, demonstrou um excepcional talento para prever o comportamento do mercado de capitais. Filho de um fazendeiro pobre de Massachusetts, Livermore foi para Boston em 1893, ainda adolesceste, e aceitou o primeiro emprego que encontrou pela frente: o de vendedor de uma corretora de valores. Segundo o jornalista Max Gunther em seu livro de 1971, Wall Street e Magia, Livermore logo descobriu que tinha uma queda para adivinhar as altas e baixas do mercado financeiro. Por pura diversão, começou a registrar suas previsões no quadro onde ficavam expostas as corações do momento. Desenhavas setas minúsculas que apontavam para cima ou para baixo, para indicar a flutuação dos preços. A principio seus chefes pareceram divertidos com os desenhos, mas acabaram atônitos com a exatidão das previsões.

“Céus, rapaz!”, exclamou um deles. “Se eu acertasse tanto como você, já teria comprado a cidade de Boston! Como consegue isto?”

“Não sei”, respondeu Livermore. “É uma sensação que tenho sempre que vejo uma ação subir ou descer. Depois de um certo tempo é como se eu já soubesse o que vai acontecer em seguida”.

Quando os diretores da corretora pediram a Livermora que parasse de desenhar as suas setas, temendo que o nome da empresa fosse associado à prática de magia, o jovem decidiu testar sua intuição com o dinheiro de verdade. Pediu 10 dólares emprestados a um colega e comprou ações Burlingtom Railroad. Ao vendê-las, poucos dias depois, havia ganho certa de 3 dólares. Após reembolsar o amigo, Livermore reinvestiu os 3 dólares e rapidamente conseguiu dobrá-los. Em um prazo muito curto, ele ganhara mais de 2.500 dólares. Reconhecendo então que a sua habilidade não podia ser apenas casual, Livermore resolveu sair de Boston e ir para Nova York, com o objetivo de jogar tempo integral na Bolsa de Valores de Wall Street. Ele estava com 21 anos de idade.

Anos mais tarde, em seu livro autobiográfico, Como Negociar na Bolsa, Livermore tentou explicar sua habilidade aparentemente irracional de prever o comportamento do mercado de valores. “Houve momentos”, escreveu, “em que eu me sentia inquieto depois do fechamento do mercado. Não conseguia dormir durante a noite e sentia a mente perturbada. (...) Parecia que algo de sinistro estava prestes a acontecer. (...)”

Curiosamente, em seus últimos anos de vida, o senso intuitivo de Livermore em relação ao mercado deixou de funcionar. No início de outubro de 1929, ele pressentiu algo estranho no ar mais não soube que atitude tomar. “Devo estar envelhecendo”, comentou com um amigo, “já não me sinto seguro. Tenho a sensação de que o mercado irá passar por transformações radicais ainda este mês. No entanto, não sei o que fazer.”

Livermore não tomou qualquer atitude, apenas esperou. Algumas semanas mais tarde, precisamente a 29 de outubro, aconteceu a famosa Terça-feira Negra, a pior quebra da história do mercado de capitais. Livermore foi à falência. Nos 10 anos seguintes, lutou para reconstruir seu império, pedindo de novo dinheiro emprestado a um amigo, mas não conseguiu. Como ele próprio reconheceu, perdera aquele “algo a mais”. Falido e desesperado o ex-magnata, de 62 anos de idade entrou no bar de um hotel de Nova York, em uma tarde fria de dezembro de 1940, pediu dois drinques, foi ao banheiro dos homens e suicidou-se.


Jessé Livermore, um milionário corretor de valores, aparece aqui com a primeira de suas três mulheres. Ele usou seus poderes de pré-cognição para transformar uma ação de 10 dólares em bens que incluíam um apartamento na Park Avenue de Nova York, um imóvel em Long Island e um vagão de trem particular.

Fonte:

- Os Paranormais, Coleção Mistérios do Desconhecido. Ed. Abril Livros/Time-Life, pág.111-112

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