Dando continuidade a série de matérias Fim dos Dias, apresentamos a Camada de Ozônio
Gases produzidos pelo homem podem destruir a camada de ozônio que filtra os raios nocivos UVB. RISCO DE OCORRÊNCIA: a emissão de gases nocivos diminuiu desde a década de 90 |
Todo mundo sabe que acima de nossas cabeças existe uma grande quantidade de gases, a que damos o nome de atmosfera. Suas principais funções são:
1. Presença do oxigênio
2. Sem o invólucro gasoso todo o calor irradiado pelo Sol se dissiparia no espaço exterior
3. Graças a sua composição, a atmosfera filtra as radiações ionizantes, em uma região chamada de ionosfera, as ondas ultravioletas, na região da estratosfera, que contém Ozônio (20 a 35Km de altura)
4. Desintegra meteoritos pelo atrito
5. Por efeito de convecção é mantido o equilíbrio térmico na superfície terrestre.
6. É a pressão atmosférica que mantém nosso sangue no interior do corpo em perfeito equilíbrio com a pressão interna. Camada de ozônio, Camada de ozônio, Camada de ozônio, Camada de ozônio, UVA, UVA, UVA, UVB, UVC, UVC
A atmosfera da Terra é formada por diversas camadas de diferentes densidades de gases, sendo os gases mais abundantes o Nitrogênio (78%), Oxigênio (21%) , Argônio (0,9%) e o Gás Carbônico (0,03%).
O gás mais importante para nós sem dúvida é o oxigênio, fundamental para os nossos processos bioquímicos que nos mantém vivos. Porém existem organismos na face da Terra que não precisam de oxigênio para sobreviver. São os chamados seres Anaeróbicos, que utilizam agentes oxidantes como o sulfato e o nitrato para obter energia.
Camadas da atmosfera da Terra.
figura retirada do site:
http://www.mesologia.hpg.ig.com.br/fluxo_energia.htm
Mas existe um parente próximo do oxigênio que esta presente na atmosfera e também é de extrema importância para todos os seres vivos. É o gás ozônio (O3 – lembrando que oxigênio é O2) que ocupa principalmente uma faixa entre 20 e 35 Km de altitude, em uma região conhecida como estratosfera. Ele absorve uma porção da radiação ultravioleta que vem do Sol e é nociva aos seres vivos, chamada ultravioleta-B (UVB).Camada de ozônio, Camada de ozônio, Camada de ozônio, Camada de ozônio, UVA, UVA, UVA, UVB, UVC, UVC
O Sol emite 3 tipos de radiações: ultravioleta (UVA, UVB e UVC), luz visível e infravermelho.
O Sol emite os raios UVB nocivos aos seres vivos
A radiação ultravioleta-A compõe de 90 a 95% da energia ultravioleta do espectro solar. Não causa queimaduras na pele (bronzeamento), mas causa o envelhecimento precose.
A radiação ultravioleta-B representa uma ínfima parte da radiação solar, mas o seu estrago é grande. Ela é a grande responsável pelo bronzeamento e aparecimento de câncer, principalmente o de pele. Você utiliza protetor solar para bloquear os raios UVB que passam pela camada de oxônio. Agora imagine: a camada de ozônio filtra quase toda a radiação UVB, deixa passar só um pouco, e mesmo assim o numero de pessoas com câncer de pele aumenta sempre! Imagine se não existir camada de ozônio? Ninguém mais vai poder sair no sol!
A radiação ultravioleta-C fica completamente retida na camada de ozônio e não oferece perigo para seres humanos.
As ondas ultravioletas são uma forma de radiação excitante, que faz com que elétrons se desloquem para órbitas mais afastadas do núcleo. Existe ainda a radiação ionizante, que converte átomos em íons pois são capazes de arrancar elétrons dos átomos. Raios Cósmicos (Raio Y), Raios Gama (veja matéria sobre o assunto) e Raios X são exemplos de radiações ionizantes. Na atmosfera, a 4º camada de baixo para cima, que se estende de 80 a 400Km de altura esta a chamada Ionosfera, região recheada de íons que sofreram ação de radiações ionizantes, evitando que estes perigosos raios atinjam a superfície da Terra.Radiação eletromagnética, Radiação eletromagnética, Radiação eletromagnética, Radiação eletromagnética, Camada de Ozônio, Camada de Ozônio, UVA, UVA, UVB UVC, UVC, UVC
Então, como já vimos a radiação ionizante fica retida na camada da atmosfera terrestre chamada de ionosfera, evitando perigo para os seres vivos. A UVB fica retida na camada de ozônio.
Mas, em 1928, pesquisadores da General Motors inventaram um gás que combinava cloro, flúor e carbono. Chamado de CFC, ele logo ganhou aplicações na indústria de refrigeradores e sprays e se disseminou pelo mundo.
Foi só entre as décadas de 70 e 80 que os pesquisadores descobriram que todo o gás emitido desde então havia se espalhado pela atmosfera e estava destruindo a camada de ozônio. A descoberta, em 1985, de um enorme buraco sobre a Antártida fez a comunidade internacional se mexer. Em 1988, no protocolo de Montreal, o CFC foi finalmente banido.
Em setembro de 1981, o buraco no ozônio era ainda bem pequeno (repare a cor azul-claro sobre a Antártica). Doze anos depois, em 1993, a situação era nitidamente mais grave. Apesar das restrições ao uso de clorofluorcarbonos em todo o mundo, em setembro de 2000 o buraco atingiu seu maior tamanho. Toda a mancha azul-escura e azul-clara é o buraco na camada de ozônio, equivalente a mais de três vezes a área do Brasil. Os pontos azuis-escuros, marcados com as setas, representam as áreas em que a concentração de ozônio está bem abaixo de 150 Dobson, nível de altíssimo perigo para os seres vivos. O problema é tão sério que o filtro solar da Terra ganhou uma data especial: 16 de setembro é Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio.
Foto retirada do site:
http://www.escolavesper.com.br/buracocamozonio.htm
Atualmente, o buraco continua a crescer, mas o futuro já não é tão sombrio. “Ganhamos uma enorme batalha”, diz Volker Kirchhoff, chefe do laboratório de ozônio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Mas a guerra ainda não esta vencida. “O CFC foi substituído por substâncias que também afetam a camada de ozônio. O que fizemos foi dar mais um prazo à humanidade”, diz o professor.
Bibliografia:
- BORDIGNON, Euclides. Iniciação a Astronomia. Ed. Biblioteca RosaCruz. Volume I, 1991. Pg. 28-31
- FERRONI, Marcelo. Revista Galileu. 10 versões para o fim do mundo, Set/2003. Pg. 47
- JENIFER. Apostilas: Radiações em Biologia e Radiações ultravioletas. Biofísica.
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