quarta-feira, 27 de maio de 2009

Fim dos Dias - Raios Gama

Iniciando a série Fim do Dias, que vai explicar as várias formas em que a vida na Terra pode ser destruida, apresentamos a primeira delas, mas que felizmente não chega a preocupar tanto, os Raios Gama.

Explosões cósmicas de grande intensidade poderiam "fritar" a Terra com radiação.

RISCO DE OCORRÊNCIA: O efeito devastador só ocorreria a cada centena de milhões de anos.

No ano de 1054, os chineses acompanharam com perplexidade, o aparecimento de um brilho intensos nos céus, que permaneceu vísivel por três semanas a luz do dia e por quase dois anos à noite. Tratava-se de um dos eventos mais violentos do Cosmos: a explosão de uma estrela com massa maior que a do Sol, num fenômeno conhecido como supernova.

A supernova em questão ocorreu a uma distância de 6.000 anos-luz da Terra, liberando quantidades enormes de energia. hoje pode-se observar uma nuvem de gás no local do evento, conhecida como nebulosa de Carangueijo. Para ameaçar a Terra, os cientistas estimam que uma explosão como essa percisaria ocorrer a uma distância máxima de 26 anos-luz do planeta. Felizmente, não existe nesse raio nenhuma estrela de massa suficiente para tamanho desastre.


Fotografia obtida pelo telescópio do Monte Palomar da Nebulosa de Caranguejo. Exitem outras supernovas, como ex., Vela, Cygnus Loop, IC 443, Cassiopeia A, etc...

No entanto, os astrônomos alertam para os riscos trazidos por dois eventos cósmicos que chegam a ser até 100 vezes mais intensos que uma supernova e que poderiam ocorrer a distâncias maiores, de até milhares de anos-luz.

Um deles é o chamado hipernova, a explosão de uma estrela cinco a dez vezes mais densa que o Sol. O outro diz respeito ao choque de 2 corpor muito densos, como buracos negros e estrela de neutrons (com as massas entre 10 e 30 vezes a do Sol). Em ambos os casos, podem ser liberadas grandes quantidades de raios gama, a forma mais energética da radiação eletromagnética conhecida.


Espectro Eletromagnético.
Os
ráios cósmicos são núcleos atomicos e partículas, em geral eletricamente carregados, que são observados ao incidirem na atmosfera da Terra com energias extraordinariamente altas. Em geral estas energias variam de 100 milhões de eV a 104 TeV. Os núcleos atômicos incidentes são, principalmente, prótons e as partículas são, geralmente elétrons. Parte desta radiação vem do Sol, espaço interestelar e espaço intergaláctico. Quando um raio cósmico colide com nossa atmosfera um chuveiro de partículas secundárias é criado na atmosfera superior. Este chuveiro aéreo dispara uma cascata de reações e interações de partículas que se propagam até a superfície.

Nessas grandes explosões, a energia tende a ser emitida em dois feixes opostos. "Se eles forem perpendiculares ao plano da galáxia não há problemas", diz Amâncio Friaça, do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

"Caso contrário, tudo o que estiver em sua rota sofrerá um grande impacto".

Para a Terra, as perspectivas não seriam as melhores. Os raios gama, com uima energia até 1 milhão de vezes maior que a dos raios-X, poderiam afetar todas as formas de vida do planeta e destruir a camada de ozônio, deixando a Terra vulnerável aos raios ultravioleta do Sol.

"Uma vez a cada 20 ou 30 milhões de anos, há a possibilidade de uma liberação de raios gama na proximidade do Sol", estima Friaça. "Mas entre elas, só uma fração vai ter o jato apontado em nossa direção. Ai, ninguém poderia dizer quais são nossas chances.

Raios Gama

Tipo de radiação eletromagnética que possui o comprimento de onda mais curto e, consequentemente, a mais alta freqüencia em todo o espectro eletromagnético. Isto também implica que os raios gama possuem a mais alta energia entre todas as formas de radiação eletromagnética. Usualmente chamamos de raios gama qualquer fóton que tem energia maior do que, aproximadamente, 100 keV. Os raios gama são muito penetrantes. Na Astrofísica os raios gama fazem parte do domínio da chamada Astrofísica de Altas Energias.

Fontes:

- FERRONI, Marcelo. Revista Galileu, 10 Versões para o fim do mundo. .....Set/2003. Pg. 46

- Site do Observatório Nacional

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